segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Abra os olhos - Lise, parte quatorze

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- Do que está falando?
- Quero o motivo. Pra me odiar. Me diga.
Ele riu ironicamente, e a fitou com uma expressão cética. Depois de perguntar se ela estava falando sério, riu mais um pouco. Até que resolveu responder:
- Isso é ridículo, garota. Você, e toda sua vida, é fútil. Será que sou só eu que vejo isso?
Ela se sentiu mal, como se tivesse recebido um soco no estômago.
- Você não sabe nada sobre mim, do que está falando?
- Estou falando da sua família! SUA FAMÍLIA, SE É QUE SE PODE CHAMAR AQUILO DE FAMÍLIA, ELISE! Estão sempre fazendo besteiras, e ficam por cima da carne seca, NUNCA são culpados, sempre se livram! Claro que você sabe do que eu estou falando, você é filha das pessoas mais nojentas que existem na face da terra!
Ela estava pálida. Nem nas suas mais absurdas suposições imaginaria isso.
- Você não os conhece…
- AH, ME DESCULPE, VOCÊ É A DONA DA VERDADE ENTÃO? ABRA OS OLHOS MENINA, E VEJA O QUE SEUS PAIS FAZEM!
- Me diga o que é, me diga… Eu juro que não sei…
Ele riu descontroladamente.
- Você é ridícula, quer mesmo que eu diga? Tudo bem, vou fingir que acredito que você não sabe, e vou lhe dizer. Aí poderá fingir me agradecer depois.

Continua.
(Nathalia Arruda)

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