O resto da manhã transcorreu bem, até que Lise voltou para casa, se sentindo como aquelas pessoas que acordam na melhor parte de um sonho. Não demorou muito para dormir, e no outro dia encontrou uma Tina e um Vitor arrasados, como se estivessem mil anos sem dormir, e um pouco relutantes em perdoar, mas no final, eles acabaram se abraçando como nunca. Já Fernando sempre esteve ali, com um sorriso de orelha a orelha, e negando QUALQUER pedido de desculpas de Lise, dizendo que tinha ido para a sala do diretor porque xingou o zelador e sua família inteira, arrancando muitas risadas dela toda vez que decidia narrar a “suposta” história, o que sinceramente, o fazia o homem mais feliz do mundo. Os outros dias transcorreram lentamente, talvez porque Lise sabia que o seu aniversário estava chegando e ela veria Briana. Nem pensou no que ganharia dos outros amigos. Era um sábado, e ela acordou com um presente dos pais, que compraram livros que ela tanto queria. Tinha certeza que Tina havia dito a eles o que comprar. Se sentiu feliz com a amiga. Mas sabia que o melhor presente dos seus pais fora deixar que ela dormisse na casa de Briana.
Vitor apareceu na sua casa, com mil presentes que incluiam uma câmera profissional nova e um álbum fofo, com a condição que a primeira foto fosse com ele, claro.
Lise tirou uma com seus pais. Se arrependeria se não fizesse isso, claro. Depois Tina apareceu, rendendo mais uma foto, e trazendo uma carta enorme, e um espécie de barco com um monte de bugingangas dentro, todas elas lembrando a amizade de 10 anos que elas construiram. Mas o melhor presente (se é que ela conseguiria escolher) estaria chegando.
Continua.
Por Natália Arruda.
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