Uma típica cena adolescente cada vez mais comum estava acontecendo.
Lise acordou vagarosamente, abrindo relutante a janela para deixar a claridade entrar. O céu estava azul, mas Lise não era aquele tipo depessoa que parava para observar o mundo. Mas nós somos, - pelo menos eu sou, talvez você seja - e ele estava a coisa mais linda que Lise veria em todo seu dia.
Ah, o céu. Um tapete azul claro límpido, com pequenos e grandes tufos de algodão branquinho, que se espalhavam por ali sem cerimônia.
Mas se voltarmos a nossa narrativa agora, Lise estava andando em direção a escrivaninha, apalpando o cabelo, com um ar cansado. Não estava pronta para iniciar o dia, mas como para todos nós, para Lise não há escolha. Depois de fazer tudo que fazemos pela manhã, ela desceu as escadas, sussurou um bom dia arrastado para mãe, que respondeu algo mais carinhoso - enquanto ia para a sala e ligava a TV, começando a pintar as unhas do pé e colocando naqueles progamas ridículos americanos.
Lise não entendia tanta futilidade, mas já estava acostumada a se virar sozinha naquela casa, seja pela mãe que apreciava progamas inúteis de TV mais que a própria filha ou pelo pai que sempre acordava tarde, trabalhando pouco e ganhando muito, às custas de outros que com certeza, mereciam e precisavam mais que ele.
E antes que visse a mãe cometer (ou gritar) alguma atrocidade na frente da TV, ela saiu para o colégio.
Continua.
Por Natalia Arruda.
0 comentários:
Postar um comentário